O método de ensino de desenho, bem como de qualquer disciplina, deve acompanhar a evolução da arquitetura e da sociedade, as quais se encontram amplamente ligadas à informática. Porém, as disciplinas isoladas de representação gráfica realmente não devem ser descartadas do programa das escolas de arquitetura e, sim, utilizadas de forma introdutória, pois os softwares procuram reproduzir estes mesmos métodos, o que facilitaria sua utilização.
O computador possibilita maior rapidez, qualidade e versatilidade dos projetos, o que é benéfico. Porém, os recursos dos programas, mesmo sendo constantemente atualizados, não são completamente apropriados ao processo criativo e humanista da arquitetura, pois, muitas vezes, ocasiona a perda do contato direto do arquiteto com o espaço real.
A máquina deve ser utilizada de forma que não restrinja a capacidade criativa do usuário, não deve ser um fator limitador, pelo contrário, deve extrapolar sua função inicial. Não se deve apenas ensinar os estudantes a utilizar os softwares para representação técnica do objeto, mas, também, ensiná-los a solucionar situações e problemas novos.Todas as disciplinas devem estar integradas à utilização da informática e devem assimilá-la de forma gradual em suas atividades e exercícios para que facilite seu aprendizado e ratifique a estreita ligação entre a informática e a arquitetura.
A forma de ensino aberta, em que os próprios alunos buscam aprender os comandos é discutível no ponto em que a função dos professores é ensinar e que a heterogeneidade dos alunos inclui aqueles que não têm um conhecimento prévio de informática. O ideal seria que não houvesse a necessidade de recorrerem a cursos de informática externos. Para isso os professores devem direcionar os alunos e acompanhá-los na utilização dos programas.
O computador permite um aumento na produção e otimização de desenhos disponibilizando mais tempo para avaliação e crítica do projeto, se utilizado em toda sua amplitude, tende a tornar a arquitetura cada vez mais eficiente.